A Ecotoxicologia é uma das diversas áreas da Ciência que contribuem com conhecimentos imprescindíveis para o monitoramento e controle da poluição, sendo uma ciência que abrange o estudo quantitativo e qualitativo dos efeitos tóxicos de substâncias químicas e outras substâncias antropogênicas nos organismos e ecossistemas aquáticos e terrestres.

Nos estudos ecotoxicológicos, a toxicidade de uma substância ou efluente, bem como da água e sedimento de um corpo receptor, pode ter efeitos agudos ou crônicos sobre os organismos. Os efeitos agudos são respostas bruscas e rápidas que os organismos apresentam, sendo normalmente a letalidade ou a imobilidade os efeitos monitorados quando estes são expostos a um agente tóxico por um período de 24 a 96 horas. Os efeitos crônicos são aqueles que produzem efeitos deletérios aos organismos, tais como alterações na reprodução, crescimento, comportamento, longevidade, entre outros, as quais são monitoradas por um período de tempo que pode abranger parte ou todo o ciclo de vida do organismo-teste.

Ambos os efeitos são determinados por meio de ensaios de ecotoxicidade (também chamados de ensaios de toxicidade ou ensaios ecotoxicológicos), nos quais uma quantidade conhecida de organismos é exposta ao agente estressante por períodos conhecidos de tempo e, posteriormente, os efeitos são avaliados quanto à sobrevivência ou mortalidade dos organismos, bem como efeitos comportamentais, morfológicos e fisiológicos. Tais testes permitem a determinação do tempo e das concentrações necessárias para que o agente tóxico, potencialmente prejudicial, possa causar efeitos adversos detectáveis.

Assim, a utilização dos ensaios de ecotoxicidade tem se consolidado como importante ferramenta para a compreensão dos impactos provocados por agentes químicos nas comunidades biológicas.